STAIRWAY TO... DEGRAU
Fosse eu um colunista ou articulista, me permitiria lançar uma saraivada de predicativos para descrever a noite de ontem – terça-feira. Sensacional, mágica, inacreditável... O rol é grande. Como, no entanto, o papel que me cabe neste latifúndio – e o que mais me agrada – é o de repórter, tenho a obrigação de informar, com tanta isenção quanto seja possível. Mas, como cobra criada que sou, pegarei emprestadas de alguns dos participantes da noitada as observações sobre a efeméride – na linha da troca de emails do Malaca e do Marcos Soares. “Sensacional”, disse Roberto “Bolonha” Cezar, que chegou ao Degrau direto de um futevolei na praia – só o cabelo, ou a falta dele, mudou. “Emocionante”, mandou o rei das fusões e aquisições, Armando Sereno, aniversariante do dia e um dos articuladores do encontro. O outro, Clark Kent, digo Caicão, compunha, com Lulu e Siri a trinca de repatriados – os três se abalaram “daquela cidade esquisita”, como diz o Xexéo, rumo ao Tropeço, que virou Degrau.
Explicando: como não havíamos feito reserva no Tropeço, acabamos miseravelmente expulsos do bar, cabendo-nos voltar ao lugar onde, tantos anos atrás, passávamos um bom tempo depois da aula ou à noite, o indefectível Degrau. Menos mal, já que a controladora Andreia Távora conseguiu que o bar filhote servisse suas guloseimas e acepipes no território do pai ancião.
Como muitos já devem ter visto na montagem feita pelo super Mickey, uma cabeçada acorreu ao bar ao lado do CSA para rever os expatriados e os locais. Havia representantes de cada uma das turmas do terceiro ano: de Ana Maria Destri a Simone. Ao todo, 37 homens e mulheres animados como se 17 anos ainda tivessem. O tempo parecia não ter passado.
Não fossem as divertidíssimas fotos garimpadas por Vera Lange e Caicão, que mostravam as (pequenas) mudanças, para melhor é claro, promovidas pelo tempo, pareceria apenas mais um dos tantos encontros que fazíamos no longínquo 1982. Mas teve gente que deu bandeira sobre a tal passagem do tempo. Bolonha precisou recorrer ao documento de identidade, que, acreditem, ainda mantém a foto tirada quando tinha 18 anos, para ter certeza de que era ele na foto tirada durante uma gincana, no pátio do colégio.
Outra foto, desencavada por Vera sabe-se lá de onde, quase levou o Zelaquete às lágrimas: em plena piscinada na casa da d.Lange, lá estava Bea Vogel, filha do Arno, paixão arrasadora do Zeca. Sobre ele, cabe um comentário. Quem se lembra da figuraça nos anos 80, zoneiro e aprontador, não poderia imaginar que ele se tornaria um pacato pai de família, físico da UFF e casado há 15 anos.
Coube ao próprio Zelaquete levar à mesa do bar uma historia que mostra como ele era. De posse da informação de que a Bé estaria interessada num tal Marcos, ligou para ela um dia e avançou com tudo na brincadeira de fazer-se passar pelo cara: pediu a moça em namoro. Querem saber? Ela aceitou!!!! Confrontada com a historinha no Degrau, Bé disse não se lembrar dela.
Encurtando distâncias
Enquanto isso, a 400 quilômetros dali, uma galera animada estabelecia a Ponte Aérea agostiniana. Acontecesse essa noite alguns anos atrás, o milagre gerado por Moniquinha e Marcelo Roberto, do lado de cá, e Nilene, do de lá, não teria sido possível. Emocionou a todos a videoconferência que nos juntou a todos e permitiu que a energia que o Bravo percebeu represada aflorasse de um canto ao outro. Foi muito legal ver e (tentar) falar com Ivan, Marisa, Diniz, Ni, Renatinha Laureano e o causídico Fonseca. Estão todos intimados a seguir os passos do Caicão, Siri e Lulu e dar com os costados por aqui.
Falar em Lulu – sobre quem já disse, em outro texto, ter passado incólume pelos anos -, o que são a Ivanzinha e o Luluzinho? Gente, que carga genética porreta. Esse modesto escriba, que conhece Ivan há apenas 39 anos – mesmo tempo de amizade com o Antonio Neves, que bateu ponto no Degrau -, achou incríveis as semelhanças fisionômicas dos filhos do casal com pai e mãe. Voltando ao lado de cá da Ponte, Lulu refez a dupla dinâmica com a Monica Marujo, linda como sempre.
Além da web, outra forma de encurtar as distâncias foi o bom e velho (?) celular. Foi por meio dele que falamos, entre outros, com o Diniz e com nosso promotor Paulo Calmon “Malaca” Nogueira da Gama. Quem não pôde ir ao Degrau, já prometeu participar dos próximos encontros, seja lá onde for que eles aconteçam.
E aí entra em cena uma das figuraças da noite de ontem. Eleito um dos 20 solteiros mais cobiçados solteiros pela revista Marie Claire alguns anos atrás – N.R: eu vi a reportagem, acreditem -, Mauro Brasil, um pouquinho mais “forte” do que na época de colégio, prometeu que não sobrará pedra sobre pedra na festa que promoverá em sua casa, em algum canto da Barra, no próximo dia 27. “Tudo azul, todo mundo nu...”, cantarolou nosso dublê de bardo e engenheiro do BNDES, Andrei Francalacci, homenageando o produto símbolo do empregador da Ana Elisa Japiassu, née Calafange, o Viagra, e indicando o que espera da festa.
Andrei, cabe dizer, que pediu, em alto e bom som, Luciana Salvatore em casamento – é bem verdade que para 2030. A lididinosa Luciana, que mandou na lata a importância de um “P.A.” (como já passamos dos 15, posso traduzir a sigla: pau amigo), ficou toda faceira ao reencontrar um de seus affaires de antanho, o sempre galã Marcelo Portella. Pelo que disse a Laila em um email, dando conta de que o casal, mais ela e o Andrei terminaram a noite na Guanabara, cabe a perguntinha: valeu a pena ver de novo????
Mas, de volta ao Brasil, tivemos a promessa de que o evento do dia 27 contará até com bateria da Portela, a escola de samba, não o Marcelo. Isso, sem falar que o Andrei nos brindará com um show, GRATUITO, de sua banda, a Sigilo. O acerto foi mediado pelo Sereno, depois de o artista depositar à mesa singelos R$ 2 para honrar seu consumo.
Mas, de volta ao Brasil, tivemos a promessa de que o evento do dia 27 contará até com bateria da Portela, a escola de samba, não o Marcelo. Isso, sem falar que o Andrei nos brindará com um show, GRATUITO, de sua banda, a Sigilo. O acerto foi mediado pelo Sereno, depois de o artista depositar à mesa singelos R$ 2 para honrar seu consumo.
Os efeitos do tempo
Já tive a oportunidade de dizer como o tempo foi generoso com nossas meninas. Mas cabe uma moção de congratulação aos mancebos que mantiveram a boa forma. Copo de açaí na mão, preparando-se para um treino de 12 quilômetros para a meia-maratona, Mário Jorge abre os trabalhos e passa a bola para o xará Mário (ex)Pança, dentista, assim como o PC de Jesus Elias Jorge, que conserva uma incrível cabeleira. Xereb e Dantas não fazem por menos.
Pausa pra uma do Xereb: Karina, esposa dele, que participou do encontro no Arpoador Inn, chegou a “ameaçar” ir ao encontro dos recoletos. “Ela disse que eu ia ficar animado demais por rever as meninas com quem andava há 30 anos. Mas é claro que cortei as asinhas dela, né”, disse o mergulhador das madrugadas.
A noite seguia quando chegou ao segundo andar do Degrau, acompanhado de um dos filhos, o Délio, outro desgraçado que mantém as mesmas fisionomia e forma física; salvo os cabelos meio grisalhos, Caicão também mereceu elogios do mulherio. Pausa pra falar do Sereno, sobre quem a Andreia Távora disse ter-se transformado em cisne. “Isso foi a mais deslavada das cantadas”, vaticinou Dra.Laila Daibes Rachid.
Aos que vem acompanhando nossas historinhas, uma informação: até que, dessa vez, a Constança e a Carla pegaram leve na marvada da pinga. Ou, então, aprenderam a não dar pinta...
Memórias de ex-adolescentes
“Ih, olha a música que eu cantei no Semente”, disse Luciana Salvatore, ao ver um exemplar da revista do festival que o Caicão ou a Vera levou para o Degrau. “Pô, eu namorei um tempão a filha do Robertão (Roberta)”, lembrou Délio. A exemplo do que já acontecera com a Nilene, a Bé e a Ana Maria contaram ter deixado no CSA a condição de virgens. E, como a morena mineiro-paulistano-carioca de dentes alvíssimos, os autores da proeza foram haules. A nós, reles recoletos, a opção que restava era posar de veteranos e ir à caça nas turmas dos outros anos.
Andreia Távora reagiu com humor ao ver uma foto dela de biquini: “Não tinha nem peitinho naquela época”. Vera queixou-se por ter posado de maiô, mas, cá pra nós, mandou bem mesmo com a peça única. Bolonha e Mário Pança confidenciaram a Moniquinha que ela era musa do Rui, turma E. “Um dia, ele foi daqui até São João del Rey cantarolando a música de quatro versos que compôs para ela”, disse Bolonha. “Como era a letra”, perguntou a papa-anjo, digo, Moniquinha (casada com um cara onze anos mais NOVO, lembram?)? “Ah, isso é com o Rui. Da próxima vez, pergunta pra ele”, disse o Mário. Mickele, nosso Cartier-Bresson, foi um dos maiores pegadores daqueles tempos. Muita gente boa cedeu aos encantos daquele cara meio bicho-grilo, bom de papo que só ele. Outro galã, o Delio conta que, certa noite, levou uma Claudia Horta absolutamente fora de seu estado normal para casa. “Até hoje, ela não sabe se alguma coisa aconteceu. Mas eu só a deixei em casa”, disse o gentleman. Cabem dúvidas...
Tempo, tempo, tempo
Da turma das calminhas, as hoje cunhadas Cintia Alzuguir e Cota, ambas Botelho, deram bandeira, recorrendo aos óculos para enxergar melhor fotos dos anos 80. Ao lado da Cota, a Lulu confessou: “Quando vamos a um restaurante, peço ao Ivan pra ler o cardápio pra mim”.
Na linha do “minha voz... mas os meus cabelos, quanta diferença”, destaque para os telhados um tanto desfalcados do Bolonha, Andrei, Brasil, Mário Jorge, Portella e, pelo que pude ver via web, Diniz. Na contramão, salva de palmas para as melenas do Mickele, do PC e do Zelaquete. O Antonio Neves, a quem também conheço há quase quatro décadas, só pode estar pintando. O cabelo tá cada vez mais escuro!
Mas algumas coisas não mudam. Isso vale tanto para o volume das risadas da Caila, quanto para os magnéticos olhos da Constança, assim como para o conjunto da obra da Cota , da Cláudia Horta e da Moniquinha. Já foi dito que a Monika está ainda mais bonita hoje em dia e me permito dizer o mesmo da Laila.
De volta à casa do Brasil
“Pra minha casa, não vale levar mulher, marido ou filho. E, amantes, só os que conseguirmos entre nós mesmos”. Dessa forma, aos gritos, em pleno Degrau, Mauro Brasil conclamou a galera a fazer do próximo dia 27 um dia pra entrar para a história de cada um de nós. A valer a alegria da noite de ontem, no Rio e em São Paulo, a festa não promete, garante! Até lá, gente.
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Texto: Paulo Roberto Matta
Fotos: Nilene & Mickele Petruccelli Pucarelli - Mickey
2 comentários:
Sensacional, galera! Vocês todos estão ótimos! Abração!
Marcelo Roberto tem os braços mais longos do mundo
O quê que o futuro marido da Lu Salvatore está vendo????
Lida foto da Andrea e da Monika, amei Mickele, showdebola
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